O que tem de maluco fazendo quadrinhos no Brasil não é brincadeira!
Autores brasileiros desafiam o status quo e atropelam todas as dificuldades para publicar os gibis mais doidos do Brasil.
Para uma movimentação formada por autores que não sobrevivem por meio de suas publicações e moram nas esquinas da casa do caralho com a puta que o pariu em plena era da inteligência artificial, até que a cena de quadrinhos underground brasileira é bem consistente.
Sob a chancela do termo “Gibi Podre”, criado por Lobo Ramirez (editor-chefe da Escória Comix, editora de São José Dos Campos), dá pra dizer que hoje temos uns trinta, trinta e cinco sujeitos espalhados pelo Brasil produzindo a crônica social da nação pela ótica mais irônica, perversa e hilariante.
Conhecer esse universo é como observar lâminas de um microscópio social onde são várias as realidades minuciosamente examinadas e recriadas nos mais peculiares estilos de desenho.
Para você aí, garotinho inocente de 40 anos habituado a ler apenas, sei lá, lançamentos solenes e belos da Pipoca e Nanquim ou os ônibus tadalafílicos de super heróis da Panini, pode ser meio chocante a princípio, mas logo valerá a pena.
Dentre todos os autores dessa cena, diria que não há outro que a represente tão bem quanto o catarinense Victor Bello. Não fosse somente um dos mais hábeis roteiristas do nosso Brasilzão, capaz de retorcer qualquer narrativa de formas peristálticas e inimagináveis, é dele a estética, a mise-en-scène e a aura do Gibi Podre.
Em 2017, Victor lançou pela Escória Comix uma HQ em duas partes chamada Úlcera Vórtex. Nela, conhecemos seu personagem Adriano Gás, o prêmio Cadu Moliterno Science e toda uma variedade de modelos narrativos baseados na subversão das expectativas do leitor…
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